ESTE BLOG DESTINA-SE AOS ALUNOS DA ESFA, SERVINDO DE APOIO À DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
ARQUITETURA DO FERRO E DO VIDRO
Na segunda metade do século XIX, a arquitectura europeia evoluíra segundo a estética romântica, explorando os estilos históricos ou revivalistas e os ecletismos até finais do século. Os programas de ensino defendiam que a arquitectura artística devia preocupar – se fundamentalmente com as questões formais e estéticas da edificação minimizando os problemas construtivos, meramente técnicos ou estruturais. Por meados do século, o arquitecto alemão Friedrich Schinkel escrevia: “Ao desenvolver uma ideia para uma determinada obra […] se partir da finalidade trivial, imediata e puramente construtiva [...] obviamente surgirá algo seco e rígido, falho de liberdade e carente de dois factores essenciais em arquitectura: o histórico e o poético!”
Colocando – se numa posição de dúvida e de rejeição em relação às potencialidades estéticas dos modernos materiais e seus sistemas construtivos, os arquitectos perderam, por isso mesmo, a oportunidade de se modernizarem, acompanhando o seu tempo.
Essa inovação haveria de ser ensaiada por outro tipo de profissionais – os engenheiros.
Com efeito, o século XIX, tendo sido o século da explosão demográfica, da industrialização, dos transportes e do crescimento urbano, lançou novos e estimulantes desafios no campo da construção:
+ Nas cidades, surgindo assim a construção em altura;
+ A necessidade de implantação de novas infra – estruturas materiais para a produção e para o transporte: fábricas, armazéns, estufas, silos, gares de caminho – de – ferro, alfândegas, mercados, pontes, pavilhões temporários para exposições…
Os criadores dessas novas tipologias foram os engenheiros. Profissionais novos saídos do ensino moderno e actualizado das Escolas Politécnicas, os engenheiros eram portadores de uma maior preparação científico – técnica que os capacitou de utilizar as potencialidades que a época lhes oferecia:
+ A Aplicação de saberes científicos obtidos no ramo da física mecânica, da resistência e comportamento dos materiais, da geometria, da matemática;
+ A utilização de novos equipamentos e novos meios construtivos;
+ O aproveitamento de novos materiais, produzidos industrialmente e por isso mais baratos, como o tijolo cozido, o ferro e o vidro, até meados do século e, posteriormente, também o aço, o cimento armado e o betão.
A todas estas condições juntaram uma visão mais pragmática (menos poética), mais racionalista e funcionalista (pode não ser bonito mas tem que ser útil), em relação às construções.
Desde finais do século XVIII que o ferro começara a ser aplicado nas construções utilitárias. Produzido industrialmente, apresentava – se sob a forma de barras lineares, de secção em I, que se podiam associar entre si através de cantoneiras metálicas, criando estruturas construtivas resistentes, fáceis de montar e adaptáveis a todas as dimensões e formas.
A resistência e funcionalidade comprovadas nas pontes fizeram pensar na utilização do ferro para a estrutura de grandes cúpulas e outras coberturas arrojadas.
O Exemplo Carismático do Palácio de Cristal de Londres
Obra considerada como paradigma desta arquitectura do ferro e do vidro.
O que parecia inalcançável para os 245 projectos que se apresentaram ao concurso convocado para o efeito, Paxton conseguiu – o ao racionalizar o sistema de construção, com a novidade de introduzir elementos prefabricados e de recorrer à proporcionalidade de todas as medidas, e à polifuncionalidade dos elementos, com os pinázios das janelas feitos em tubos de fundição aproveitados como tubos de drenagem para a água da chuva e os vigamentos horizontais do primeiro piso como colectores. Tudo isto representa uma poupança considerável de material, de mão – de – obra e de tempo de construção, ao mesmo tempo que repercute no seu incrível baixo custo.
Mas a sua grande contribuição, para além destas inovações técnicas, residiu na criação de um espaço amplo, diáfano, ilimitado, sem solução de continuidade, ao eliminar a tradicional distinção entre espaço interior e espaço exterior; Paxton, mais do que construir um edifício, parece ter delimitado um espaço em que “qualquer material se confunde com o ar”. O Palácio de Cristal está significativamente mais próximo do sentido dinâmico da pintura impressionista do que da clássica alternativa cheio – vazio que define a arquitectura tradicional.
Este carácter etéreo impressionou favoravelmente a maioria dos visitantes e enviados especiais que, com as suas descrições o difundiram por todo o mundo, convertendo – o em paradigma de modernidade.
Em termos de arquitectura, as construções em ferro e vidro traduziram duas tendências inovadoras:
+ Aquela que corresponde à necessidade de modernizar os sistemas e processos construtivos, aproveitando os recursos da industrialização e o avanço da engenharia. Esta modernização fez – se: pela aceitação do esqueleto construtivo em ferro, e pela utilização da construção modular e de elementos prefabricados e estandardizados, que primam pela funcionalidade e resistência, possibilitando a construção em altura e o desenvolvimento de novas tipologias;
+ E o desenvolvimento de novos gostos e outros conceitos estéticos. O ferro substituiu a ideia de volume plástico fechado, ligada à construção em pedra, pela da linearidade dinâmica e estrutural das suas longas e finas barras que, aliadas ao vidro, pareciam, numa perspectiva impressionista, desmaterializar os volumes arquitectónicos, interpenetrando – os de luz e ar.
Colocando – se numa posição de dúvida e de rejeição em relação às potencialidades estéticas dos modernos materiais e seus sistemas construtivos, os arquitectos perderam, por isso mesmo, a oportunidade de se modernizarem, acompanhando o seu tempo.
Essa inovação haveria de ser ensaiada por outro tipo de profissionais – os engenheiros.
Com efeito, o século XIX, tendo sido o século da explosão demográfica, da industrialização, dos transportes e do crescimento urbano, lançou novos e estimulantes desafios no campo da construção:
+ Nas cidades, surgindo assim a construção em altura;
+ A necessidade de implantação de novas infra – estruturas materiais para a produção e para o transporte: fábricas, armazéns, estufas, silos, gares de caminho – de – ferro, alfândegas, mercados, pontes, pavilhões temporários para exposições…
Os criadores dessas novas tipologias foram os engenheiros. Profissionais novos saídos do ensino moderno e actualizado das Escolas Politécnicas, os engenheiros eram portadores de uma maior preparação científico – técnica que os capacitou de utilizar as potencialidades que a época lhes oferecia:
+ A Aplicação de saberes científicos obtidos no ramo da física mecânica, da resistência e comportamento dos materiais, da geometria, da matemática;
+ A utilização de novos equipamentos e novos meios construtivos;
+ O aproveitamento de novos materiais, produzidos industrialmente e por isso mais baratos, como o tijolo cozido, o ferro e o vidro, até meados do século e, posteriormente, também o aço, o cimento armado e o betão.
A todas estas condições juntaram uma visão mais pragmática (menos poética), mais racionalista e funcionalista (pode não ser bonito mas tem que ser útil), em relação às construções.
Desde finais do século XVIII que o ferro começara a ser aplicado nas construções utilitárias. Produzido industrialmente, apresentava – se sob a forma de barras lineares, de secção em I, que se podiam associar entre si através de cantoneiras metálicas, criando estruturas construtivas resistentes, fáceis de montar e adaptáveis a todas as dimensões e formas.
A resistência e funcionalidade comprovadas nas pontes fizeram pensar na utilização do ferro para a estrutura de grandes cúpulas e outras coberturas arrojadas.
O Exemplo Carismático do Palácio de Cristal de Londres
Obra considerada como paradigma desta arquitectura do ferro e do vidro.
O que parecia inalcançável para os 245 projectos que se apresentaram ao concurso convocado para o efeito, Paxton conseguiu – o ao racionalizar o sistema de construção, com a novidade de introduzir elementos prefabricados e de recorrer à proporcionalidade de todas as medidas, e à polifuncionalidade dos elementos, com os pinázios das janelas feitos em tubos de fundição aproveitados como tubos de drenagem para a água da chuva e os vigamentos horizontais do primeiro piso como colectores. Tudo isto representa uma poupança considerável de material, de mão – de – obra e de tempo de construção, ao mesmo tempo que repercute no seu incrível baixo custo.
Mas a sua grande contribuição, para além destas inovações técnicas, residiu na criação de um espaço amplo, diáfano, ilimitado, sem solução de continuidade, ao eliminar a tradicional distinção entre espaço interior e espaço exterior; Paxton, mais do que construir um edifício, parece ter delimitado um espaço em que “qualquer material se confunde com o ar”. O Palácio de Cristal está significativamente mais próximo do sentido dinâmico da pintura impressionista do que da clássica alternativa cheio – vazio que define a arquitectura tradicional.
Este carácter etéreo impressionou favoravelmente a maioria dos visitantes e enviados especiais que, com as suas descrições o difundiram por todo o mundo, convertendo – o em paradigma de modernidade.
Em termos de arquitectura, as construções em ferro e vidro traduziram duas tendências inovadoras:
+ Aquela que corresponde à necessidade de modernizar os sistemas e processos construtivos, aproveitando os recursos da industrialização e o avanço da engenharia. Esta modernização fez – se: pela aceitação do esqueleto construtivo em ferro, e pela utilização da construção modular e de elementos prefabricados e estandardizados, que primam pela funcionalidade e resistência, possibilitando a construção em altura e o desenvolvimento de novas tipologias;
+ E o desenvolvimento de novos gostos e outros conceitos estéticos. O ferro substituiu a ideia de volume plástico fechado, ligada à construção em pedra, pela da linearidade dinâmica e estrutural das suas longas e finas barras que, aliadas ao vidro, pareciam, numa perspectiva impressionista, desmaterializar os volumes arquitectónicos, interpenetrando – os de luz e ar.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
PÓS-IMPRESSIONISMO
Surge em França em 1880 como uma ruptura com o impressionismo.
Tem origem nas ideias de alguns pintores vanguardistas, como os franceses Henri de Toulouse-Lautrec (1864 -1901), Paul Cézanne (1839-1906), Paul Gauguin (1848-1903) e o holandês Vicent Van Gogh (1853-1890), que reagiram contra algumas características do Impressionismo e do Neo-Impressionismo, pois sentiam-se insatisfeitos com esse tipo de pintura e desejavam que a arte fosse mais substancial, não somente dedicada a captar o momento.
Gauguin, Van Gogh e Lautrec transmitiram a expressão das suas emoções e sensações através de cor e luz.
Van Gogh: aplica as cores com textura espessa e espatulada para transmitir a emoção, procura subjectividade e humanismo na obra.
Gauguin: trabalha com as cores puras, fortes, sem claro/escuro, e as formas são bidimensionais, sem perspectiva.
Henri de Toulouse-Lautrec (1864 -1901)
*Considerado, por vezes, impressionista.
O pintor soube registrar os traços mais significativos das pessoas anónimas. Toulose-Lautrec interessava-se por artistas de circo e personagens da boémia parisiense.
A sua pintura sofreu influência das estampas japonesas, das suas formas planas e dos seus contornos lineares.
Temas: Representava nas suas telas e cartazes autênticos instantâneos da realidade humana.
Características: Desenho esboçado, centro vazio e figuras cortadas na margens; cores fantásticas; caricaturas e máscaras.
Paul Cézanne (1839-1906)
Após uma carreira inicial dedicada aos temas dramáticos da escola romântica, Paul Cézanne cria um estilo próprio.
Nesta tela o pintor revela influência de Manet, reproduz uma pintura do séc. XVI para o estilo do séc. XIX.
Temas: Paisagem, naturezas-mortas, figuras humanas em grupo e retratos.
Introduziu, nas suas obras, distorções formais e alterações do ponto de visão em benefício da composição, ou para sobressair o volume e peso dos objectos.
Antes de começar as suas paisagens estudava-as e analisava os seus valores plásticos, reduzindo-as depois a diferentes volumes e planos que traçava à base de pinceladas paralelas.
Cézanne concentra-se no desenho formal, quase científico com os planos de cor.
As suas paisagens são subtilmente geométricas.
Árvores, casas e outros elementos da paisagem subordinavam-se à unidade de composição.
Não subordina a composição às leis da perspectiva.
A sua concepção da composição é arquitectónica; segundo as suas próprias palavras, o seu estilo consiste em ver a natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro e o cone.
Nas paisagens, representou frequentemente a sua terra natal (O Golfo de Marselha e as célebres versões sucessivas de O Monte de Sainte-Victoire).
Paul Gauguin (1848-1903)
Aprendiz de piloto da marinha mercante e empregado de um agente de câmbios, começa a pintar como amador.
Embora Gauguin tenha ficado conhecido como um pintor pós-impressionista, seus estudos de arte começaram com o pintor impressionista Camile Pissarro.
Utilizou a estampa japonesa nas suas formas planas e simplificadas que fechava com a linha a negro, o chamado Cloisonnisme.
A sua pintura é caracterizada por:
Natureza alegórica, decorativa e sugestiva;
Formas bidimensionais, estilizadas, sintéticas e estáticas.
Cores antinaturalistas, simbólicas, alegóricas e exóticas.
Trabalha em Arles com Vincent van Gogh.
Esteve no norte de França, onde pertenceu a uma escola de pintores, designada de Pont-Aven.
Conhece de perto a pintura de Cézanne e de Pissarro e, seduzido pela obra de Émile Bernard, mestre do grupo de paisagistas de Pont-Aven (na Bretanha), adopta a composição com figuras de formas simples sobre fundos abstractos. De entre as obras ambientadas na Bretanha sobressaem Le Christ Jaune e La Vision aprés le Sermon.
Após uma estada em Paris, em 1892 transfere-se para o Tahiti, onde permanece até 1893
Gauguin pinta a natureza tal como ele a sente.
Na sua obra, a forma já não se sujeita à cor.
O seu intenso cromatismo afasta-o de qualquer limitação naturalista; aplica as cores em amplas superfícies de contornos definidos.
Instalado nos Mares do Sul, apaixona-se pela vida simples e amável dos indígenas polinésios, que se tornam no seu principal tema.
Os protagonistas destes quadros são as mulheres e a vegetação tropical.
Nos seus últimos tempos, Gauguin, desalentado e doente, pinta uma série de quadros que expressam uma profunda preocupação existencial unida a uma sensualidade intensa, selvagem e perturbadora.
VINCENT VAN GOGH (1853-1890)
Van Gogh produziu cerca de 900 pinturas e 1100 desenhos durante um período de apenas 10 anos, antes de sucumbir à sua doença mental.
É considerado um pintor pós-impressionista.
Trabalhou nas filiais de Londres e Haia da empresa de arte Goupil & Cia.
E exerceu a profissão do pai, que era pastor laico. Foi neste período, passado no meio de uma comunidade pobre de mineiros, que Vincent começou a desenhar esboços a lápis.
Em 1880, decidiu abandonar suas antigas profissões e dedicar-se à pintura, mudando-se para Paris.
Numa primeira fase a sua pintura foi sombria e melancólica.
A partir da descoberta das obras de Toulouse-Lautrec, Pissarro e de outros impressionistas, a pintura de Van Gogh, sofre uma mudança radical.
A sua paleta de cores alterou-se para tonalidades diversas que iam além da representação objectiva da natureza.
As cores expressavam o seu estado da alma.
Usava a cor como meio de comunicação.
Tem ainda influência das gravuras japonesas.
Em 1888, Van Gogh instalou-se em Arles, para poder observar de perto os matizes da natureza, onde viveu algum tempo com Gauguin.
A Vinha Encarnada, o único quadro vendido durante a sua vida, foi pintado nesta época.
São dessa época seus famosos quadros de interiores, embora se deva dizer que Van Gogh nunca deixou de lado a temática do trabalho no campo, um das razões de sua admiração por Millet.
Não se passou muito tempo, e o pintor sofreu um colapso nervoso e teve de ser internado num hospital para doentes nervosos em Saint-Remy.
Apesar disso, continuou trabalhando, tendo pintado cerca de 200 quadros em dezanove meses.
Paradoxalmente, foi a época em que criou suas obras mais admiráveis e geniais, entre os quais: Os Girassóis e Os Lírios.
Tem origem nas ideias de alguns pintores vanguardistas, como os franceses Henri de Toulouse-Lautrec (1864 -1901), Paul Cézanne (1839-1906), Paul Gauguin (1848-1903) e o holandês Vicent Van Gogh (1853-1890), que reagiram contra algumas características do Impressionismo e do Neo-Impressionismo, pois sentiam-se insatisfeitos com esse tipo de pintura e desejavam que a arte fosse mais substancial, não somente dedicada a captar o momento.
Gauguin, Van Gogh e Lautrec transmitiram a expressão das suas emoções e sensações através de cor e luz.
Van Gogh: aplica as cores com textura espessa e espatulada para transmitir a emoção, procura subjectividade e humanismo na obra.
Gauguin: trabalha com as cores puras, fortes, sem claro/escuro, e as formas são bidimensionais, sem perspectiva.
Henri de Toulouse-Lautrec (1864 -1901)
*Considerado, por vezes, impressionista.
O pintor soube registrar os traços mais significativos das pessoas anónimas. Toulose-Lautrec interessava-se por artistas de circo e personagens da boémia parisiense.
A sua pintura sofreu influência das estampas japonesas, das suas formas planas e dos seus contornos lineares.
Temas: Representava nas suas telas e cartazes autênticos instantâneos da realidade humana.
Características: Desenho esboçado, centro vazio e figuras cortadas na margens; cores fantásticas; caricaturas e máscaras.
Paul Cézanne (1839-1906)
Após uma carreira inicial dedicada aos temas dramáticos da escola romântica, Paul Cézanne cria um estilo próprio.
Nesta tela o pintor revela influência de Manet, reproduz uma pintura do séc. XVI para o estilo do séc. XIX.
Temas: Paisagem, naturezas-mortas, figuras humanas em grupo e retratos.
Introduziu, nas suas obras, distorções formais e alterações do ponto de visão em benefício da composição, ou para sobressair o volume e peso dos objectos.
Antes de começar as suas paisagens estudava-as e analisava os seus valores plásticos, reduzindo-as depois a diferentes volumes e planos que traçava à base de pinceladas paralelas.
Cézanne concentra-se no desenho formal, quase científico com os planos de cor.
As suas paisagens são subtilmente geométricas.
Árvores, casas e outros elementos da paisagem subordinavam-se à unidade de composição.
Não subordina a composição às leis da perspectiva.
A sua concepção da composição é arquitectónica; segundo as suas próprias palavras, o seu estilo consiste em ver a natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro e o cone.
Nas paisagens, representou frequentemente a sua terra natal (O Golfo de Marselha e as célebres versões sucessivas de O Monte de Sainte-Victoire).
Paul Gauguin (1848-1903)
Aprendiz de piloto da marinha mercante e empregado de um agente de câmbios, começa a pintar como amador.
Embora Gauguin tenha ficado conhecido como um pintor pós-impressionista, seus estudos de arte começaram com o pintor impressionista Camile Pissarro.
Utilizou a estampa japonesa nas suas formas planas e simplificadas que fechava com a linha a negro, o chamado Cloisonnisme.
A sua pintura é caracterizada por:
Natureza alegórica, decorativa e sugestiva;
Formas bidimensionais, estilizadas, sintéticas e estáticas.
Cores antinaturalistas, simbólicas, alegóricas e exóticas.
Trabalha em Arles com Vincent van Gogh.
Esteve no norte de França, onde pertenceu a uma escola de pintores, designada de Pont-Aven.
Conhece de perto a pintura de Cézanne e de Pissarro e, seduzido pela obra de Émile Bernard, mestre do grupo de paisagistas de Pont-Aven (na Bretanha), adopta a composição com figuras de formas simples sobre fundos abstractos. De entre as obras ambientadas na Bretanha sobressaem Le Christ Jaune e La Vision aprés le Sermon.
Após uma estada em Paris, em 1892 transfere-se para o Tahiti, onde permanece até 1893
Gauguin pinta a natureza tal como ele a sente.
Na sua obra, a forma já não se sujeita à cor.
O seu intenso cromatismo afasta-o de qualquer limitação naturalista; aplica as cores em amplas superfícies de contornos definidos.
Instalado nos Mares do Sul, apaixona-se pela vida simples e amável dos indígenas polinésios, que se tornam no seu principal tema.
Os protagonistas destes quadros são as mulheres e a vegetação tropical.
Nos seus últimos tempos, Gauguin, desalentado e doente, pinta uma série de quadros que expressam uma profunda preocupação existencial unida a uma sensualidade intensa, selvagem e perturbadora.
VINCENT VAN GOGH (1853-1890)
Van Gogh produziu cerca de 900 pinturas e 1100 desenhos durante um período de apenas 10 anos, antes de sucumbir à sua doença mental.
É considerado um pintor pós-impressionista.
Trabalhou nas filiais de Londres e Haia da empresa de arte Goupil & Cia.
E exerceu a profissão do pai, que era pastor laico. Foi neste período, passado no meio de uma comunidade pobre de mineiros, que Vincent começou a desenhar esboços a lápis.
Em 1880, decidiu abandonar suas antigas profissões e dedicar-se à pintura, mudando-se para Paris.
Numa primeira fase a sua pintura foi sombria e melancólica.
A partir da descoberta das obras de Toulouse-Lautrec, Pissarro e de outros impressionistas, a pintura de Van Gogh, sofre uma mudança radical.
A sua paleta de cores alterou-se para tonalidades diversas que iam além da representação objectiva da natureza.
As cores expressavam o seu estado da alma.
Usava a cor como meio de comunicação.
Tem ainda influência das gravuras japonesas.
Em 1888, Van Gogh instalou-se em Arles, para poder observar de perto os matizes da natureza, onde viveu algum tempo com Gauguin.
A Vinha Encarnada, o único quadro vendido durante a sua vida, foi pintado nesta época.
São dessa época seus famosos quadros de interiores, embora se deva dizer que Van Gogh nunca deixou de lado a temática do trabalho no campo, um das razões de sua admiração por Millet.
Não se passou muito tempo, e o pintor sofreu um colapso nervoso e teve de ser internado num hospital para doentes nervosos em Saint-Remy.
Apesar disso, continuou trabalhando, tendo pintado cerca de 200 quadros em dezanove meses.
Paradoxalmente, foi a época em que criou suas obras mais admiráveis e geniais, entre os quais: Os Girassóis e Os Lírios.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
TESTE 10º ano
Conteúdos:
Biografia: São Bernardo
Acontecimento: A coroação de Carlos Magno
Casos práticos: O Canto Gregoriano e a Igreja de São Pedro de Rates
Os espaços do Cristianismo
A Arte Paleocristã
A Arte Bizantina
Renascimento Carolíngio e Otoniano
Arte Românica: arquitetura, escultura e pintura
Arte Islâmica
Biografia: São Bernardo
Acontecimento: A coroação de Carlos Magno
Casos práticos: O Canto Gregoriano e a Igreja de São Pedro de Rates
Os espaços do Cristianismo
A Arte Paleocristã
A Arte Bizantina
Renascimento Carolíngio e Otoniano
Arte Românica: arquitetura, escultura e pintura
Arte Islâmica
TESTE 11º ano
Conteúdos:
- Do 10º ano: arquitetura e escultura românica
- Arte Neoclássica (escultura; pintura e neoclassicismo em Portugal)
- A Arte do Século XIX: o Romantismo, o passado enquanto refúgio (Arquitetura, escultura; pintura); um novo olhar sobre o real (Naturalismo, Realismo)
- Caso prático: W. A. Mozart (1756-1791), Le nozze di Figaro (1786)
- A velocidade impõe-se:. 1814-1905. Da batalha de Waterloo à Exposição dos Fauves; a Europa das Linhas Férreas.; domínio das linhas férreas e as indústrias; a Gare - Espaço de confluência e de divulgação; o indivíduo e a natureza; a natureza como refúgio; nações e utopias.
- O engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923).
- A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851).
- Palácio da Pena, Sintra (1838-1868/1885).
Estrutura do Teste:
Duas questões de 15 pontos
Duas questões de 40 pontos
Duas questões de 35 pontos
Uma questão de 20 pontos
- Do 10º ano: arquitetura e escultura românica
- Arte Neoclássica (escultura; pintura e neoclassicismo em Portugal)
- A Arte do Século XIX: o Romantismo, o passado enquanto refúgio (Arquitetura, escultura; pintura); um novo olhar sobre o real (Naturalismo, Realismo)
- Caso prático: W. A. Mozart (1756-1791), Le nozze di Figaro (1786)
- A velocidade impõe-se:. 1814-1905. Da batalha de Waterloo à Exposição dos Fauves; a Europa das Linhas Férreas.; domínio das linhas férreas e as indústrias; a Gare - Espaço de confluência e de divulgação; o indivíduo e a natureza; a natureza como refúgio; nações e utopias.
- O engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923).
- A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851).
- Palácio da Pena, Sintra (1838-1868/1885).
Estrutura do Teste:
Duas questões de 15 pontos
Duas questões de 40 pontos
Duas questões de 35 pontos
Uma questão de 20 pontos
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