Teste de avaliação sumativa
Matriz
1 – Arquitectura (35 pontos)
2- Escultura (35 pontos)
3- Pintura (45 pontos)
4- Arte em Portugal (35 pontos)
5 e 6 - Pintura e Escultura - para escolher uma (30 pontos)
7- (20 pontos)
7.1-(5 pontos)
7.2-(5 pontos)
7.3-(5 pontos)
7.4-(5 pontos)
ESTE BLOG DESTINA-SE AOS ALUNOS DA ESFA, SERVINDO DE APOIO À DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
quinta-feira, 3 de abril de 2008
ESCULTURA GÓTICA
Depois de leres o texto, caracteriza sintecticamente a escultura gótica, não esquecendo a localização, temática, técnica, regras de representação...
A escultura gótica surge, numa primeira fase, intimamente associada à arquitectura das catedrais. No exterior do edifício são sobretudo as fachadas, principal e do transepto, nomeadamente os portais, os suportes para a implantação da escultura; à medida que se vão tornando mais complexas, também as empenas, rosáceas, tabernáculos dos arcobotantes e gárgulas das catedrais vão servir de suporte para a decoração escultórica. Quanto à estrutura do portal, ele é constituído pelo tímpano, arquivoltas, mainel e ombreiras ou jambas, substituídas por estátuas-coluna. No interior o trabalho escultórico é bem mais reduzido, e é sobretudo a partir do século XIV que a catedral passa a albergar mobiliário com relevo em talha (cadeirais do coro), estatuária devocional, altares e arcas tumulares. No seu conjunto, a escultura gótica pode ser agrupada em quatro tipologias: 1. estátuas-coluna, aplicada nas ombreiras do portal conferindo uma dimensão vertical ao pórtico, mas que progressivamente se vai autonomizando em relação ao seu suporte arquitectónico; 2. relevo escultórico, sobretudo no tímpano do portal; 3. escultura de vulto redondo, em especial estatuária de devoção, resultante da evolução das estátuas-coluna; 4. escultura funerária, ou seja, arcas tumulares e estátuas jacentes (que serão analisadas no post 11). Os temas mais comuns, sobretudo na fachada/portal, são os seguintes: - Cristo em Majestade, associado ao Tetramorfo; - Juízo Final; - Virgem em Majestade, Vida da Virgem e Nascimento de Cristo, um tema introduzido por influência da difusão do culto mariano desde os finais do século XII; - Episódios da vida dos santos patronos da respectiva igreja; associados a estes temas começa a ser mais comum a existência de relevos escultóricos e estatuária de carácter profano. Se a estátua-coluna e o relevo têm uma relação de dependência com o respectivo suporte arquitectónico, a partir do século XIV torna-se muito abundante a escultura de vulto redondo, estatuária de devoção associada às práticas da piedade individual e destinada a capelas ou oratórios privados; é sobretudo constituída por imagens da Virgem (Virgem com o Menino, Senhora do Ó ou Santas Mães, Pietà), de santos e crucifixos, e executada em materiais diversos, como a pedra, madeira, marfim, bronze, ouro e alabastro. Em termos de linguagem plástica, e no conjunto de toda a produção escultórica, podem ser defenidas três tendências principais: a) Idealismo (séculos XII-XIII), com figuras estilizadas e ausência de expressividade dos respectivos rostos (serenidade inexpressiva); hieratismo das estátuas-coluna: ausência de movimento, panejamentos rígidos acentuam a verticalidade, ausência de proporção anatómica; b) Naturalismo (2.ª metade do século XIII a meados do XIV), em que a estatuária ganha vida e movimento, com ancas pronunciadas e silhuetas em S para evidenciar dinamismo, acentua-se a expressão do rosto e surgem detalhes mais minuciosos no tratamento de cabelos e barbas, conferindo um carácter mais humano às personagens divinas representadas; c) Realismo (2.ª metade do século XIV e durante o século XV), época do triunfo da curva e contra-curva, ondulação excessiva, sobretudo no drapeamento, que acentua a expressividade das estátuas; preocupação absoluta de representação do real, que conduz à procura da verosimilhança no retrato; por influência da grande mortandade após 1348 e os progressos nos estudos anatómicos levam mesmo ao exagero de representar o corpo feito cadáver.
A escultura gótica surge, numa primeira fase, intimamente associada à arquitectura das catedrais. No exterior do edifício são sobretudo as fachadas, principal e do transepto, nomeadamente os portais, os suportes para a implantação da escultura; à medida que se vão tornando mais complexas, também as empenas, rosáceas, tabernáculos dos arcobotantes e gárgulas das catedrais vão servir de suporte para a decoração escultórica. Quanto à estrutura do portal, ele é constituído pelo tímpano, arquivoltas, mainel e ombreiras ou jambas, substituídas por estátuas-coluna. No interior o trabalho escultórico é bem mais reduzido, e é sobretudo a partir do século XIV que a catedral passa a albergar mobiliário com relevo em talha (cadeirais do coro), estatuária devocional, altares e arcas tumulares. No seu conjunto, a escultura gótica pode ser agrupada em quatro tipologias: 1. estátuas-coluna, aplicada nas ombreiras do portal conferindo uma dimensão vertical ao pórtico, mas que progressivamente se vai autonomizando em relação ao seu suporte arquitectónico; 2. relevo escultórico, sobretudo no tímpano do portal; 3. escultura de vulto redondo, em especial estatuária de devoção, resultante da evolução das estátuas-coluna; 4. escultura funerária, ou seja, arcas tumulares e estátuas jacentes (que serão analisadas no post 11). Os temas mais comuns, sobretudo na fachada/portal, são os seguintes: - Cristo em Majestade, associado ao Tetramorfo; - Juízo Final; - Virgem em Majestade, Vida da Virgem e Nascimento de Cristo, um tema introduzido por influência da difusão do culto mariano desde os finais do século XII; - Episódios da vida dos santos patronos da respectiva igreja; associados a estes temas começa a ser mais comum a existência de relevos escultóricos e estatuária de carácter profano. Se a estátua-coluna e o relevo têm uma relação de dependência com o respectivo suporte arquitectónico, a partir do século XIV torna-se muito abundante a escultura de vulto redondo, estatuária de devoção associada às práticas da piedade individual e destinada a capelas ou oratórios privados; é sobretudo constituída por imagens da Virgem (Virgem com o Menino, Senhora do Ó ou Santas Mães, Pietà), de santos e crucifixos, e executada em materiais diversos, como a pedra, madeira, marfim, bronze, ouro e alabastro. Em termos de linguagem plástica, e no conjunto de toda a produção escultórica, podem ser defenidas três tendências principais: a) Idealismo (séculos XII-XIII), com figuras estilizadas e ausência de expressividade dos respectivos rostos (serenidade inexpressiva); hieratismo das estátuas-coluna: ausência de movimento, panejamentos rígidos acentuam a verticalidade, ausência de proporção anatómica; b) Naturalismo (2.ª metade do século XIII a meados do XIV), em que a estatuária ganha vida e movimento, com ancas pronunciadas e silhuetas em S para evidenciar dinamismo, acentua-se a expressão do rosto e surgem detalhes mais minuciosos no tratamento de cabelos e barbas, conferindo um carácter mais humano às personagens divinas representadas; c) Realismo (2.ª metade do século XIV e durante o século XV), época do triunfo da curva e contra-curva, ondulação excessiva, sobretudo no drapeamento, que acentua a expressividade das estátuas; preocupação absoluta de representação do real, que conduz à procura da verosimilhança no retrato; por influência da grande mortandade após 1348 e os progressos nos estudos anatómicos levam mesmo ao exagero de representar o corpo feito cadáver.
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