quinta-feira, 25 de novembro de 2010

COLUNA DE TRAJANO

Tipologia · Coluna honorífica, triunfal, ou de honra
Material · Mármore
Período · Império
Data · 112-114 d. C.
Autor · Apolodoro de Damasco
Localização · Itália, Roma, no Fórum de Trajano

Características formais e expressivas:
· É um monumento urbanístico, simultaneamente de arquitectura e de escultura.
· Eleva-se a cerca de 30 m de altura sobre um pódio com 8 m.
· No seu topo encontrava-se a estátua do Imperador Trajano – agora encontra-se a de S. Pedro.
· O friso contínuo de baixos-relevos tem cerca de 200 m de
comprimento e integra cerca de 2500 figuras representadas de
forma realista e pormenorizada. Nele, o Imperador surge
representado mais de 60 vezes e numa escala maior, o que
contribui para a sua glorificação e imortalização.

Características temáticas e significado:
· É um monumento comemorativo – comemora as campanhas vitoriosas de Trajano na Dácia (actual Roménia) – e funerário – deposita as cinzas do Imperador na sua base –, que glorifica a
acção política de Trajano e as suas qualidades de chefe militar.
· O friso tem um carácter histórico-narrativo, contendo uma
riqueza de pormenores que possibilitam uma valiosa
compreensão da organização militar romana:
- mostra legionários na construção de campos fortificados,
sapadores construindo uma enorme ponte sobre o Danúbio,
soldados em formação estratégica ou arrasando as cidades
inimigas com os seus engenhos de guerra, porta-estandartes,
corneteiros e até mesmo hospitais de campanha;
- representa fielmente os vários uniformes, modelos de couraças e armamento usados pelo exército no tempo das batalhas descritas.
· O friso tem um sentido documental, didáctico e propagandístico.
· É omaior poema épico dedicado ao exército imperial romano.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

TESTE

CONTEÚDOS

* A Cultura do Senado

ESTRUTURA / COTAÇÃO

Grupo I
1- 15 pontos (3+3+9)
2- 35 pontos
3- 35 pontos

Grupo II
1- 5 pontos
2- 5 pontos
3- 5 pontos
4- 20 pontos

Grupo III
1- 40 pontos
2- 40 pontos

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A CULTURA DO SENADO

Séc I ac. / I d.c - Corresponde ao período de esplendor do Império Romano e coincide com o período de governo de Ocávio César Augusto, o primeiro imperador que marcou de tal modo a sua época que, logo à sua morte, o Senado de Roma apelidou o seu tempo de vida como o “século de Augusto” ( entre 40 a 38 aC., o Senado atribuiu o título de Imperador, com a designação de Octávio ) . Dotado de um sentido político, Octávio chegou ao primeiro plano do Estado por delegação do povo romano , dentro da ordem republicana e possui, de facto, uma autoridade pessoal, absoluta e de carácter quase divino, já que a aura de prestígio que o acompanhou originou o culto imperial, factor de propaganda e coesão politico em todo o vasto império romano. (recebeu em 12 a C. o título de Pontfex Maximus – Sumo Pontífice). A sua acção, no plano Militar, contribui para um período de tempo em que se assistiu ao restabelecimento da ordem e da paz. No plano Político, o imperador reforçou os seus poderes e reduziu os poderes do Senado e empreendeu a reforma do aparelho administrativo central e provincial. Outros poderes, em 27 ac., o Senado concedeu-lhe o título de augustus pelo qual podia nomear os senadores e em 23 aC., o poder tribúnicio pelo qual podia convocar os Comícios e o Senado e vetar as leis e outras decisões destes órgãos, em todo o Império. No plano Social, procurou eliminar as lutas sociais, fomentando a igualdade de todos perante a lei ainda que a nível teórico, uma vez que na prática ao criar o censo, imposto pago, criou condições para criar uma sociedade fortemente hierarquizada a partir da cúpula onde se encontrava com os seus familiares. A Cultura, o imperador formado na tradição helenística revelou-se amante das artes e das letras, protegendo os artistas e outros agentes culturais para além do patrocínio as numerosas obras públicas e neste contexto não podemos esquecer as bibliotecas, escolas, teatros, etc Restabeleceu a religião tradicional, ligando-a ao culto imperial, cabendo-lhe a partir de então a capacidade de interpretar a vontade dos deuses.


Roma – Segundo uma antiga lenda romana, a origem de Roma relaciona-se com o herói mítico da Guerra de Tróia - Eneias. Fugido de Tróia após a destruição que os aqueus aí provocaram. Eneias terá aportado a região de Roma e terá casado com a filha do rei do Lácio. Um dos seus filhos Albalonga, terá tido dois filhos Rómulo fundadores de Roma e Remo que segundo a tradição terão sido alimentados por uma loba (pag.111-fig.7.). A sua fundação data do séc.VIII a.C., quando os Latinos do Monte Palatino se uniram aos Sabinos do Monte Quirinal. Desde então até ao séc.IV aC., o crescimento da cidade acompanhou o crescimento político e económico do seu povo e a prodigiosa construção do colosso que foi o seu império, do qual Roma se tornou o seu centro, pela posição central ocupou uma posição de domínio sobre o Mediterrâneo ( Mare Nostrum). Como capital do império os seus governantes preocuparam-se com a qualidade de vida da cidade e do seu espaço físico, rasgando vias e praças, aquedutos para o abastecimento público, estabelecendo regras construtivas para os edifícios civis e públicos e embelezando-as com monumentos e peças estatuárias que lhe dessem a importância e o fausto necessários ao poder e ao domínio que a cidade exercia. Características gerais de Roma na Antiguidade Clássica:- Vasto império, um dos maiores de todos os tempos pelo menos até ao século IV d.c.- Poder autocrático, centralizado e divino dos imperadores.- Meticulosa e disciplinada organização das legiões que conquistaram o mundo.- O ecletismo da sua cultura, de matriz helenística, associada a una síntese original de influências múltiplas.- O mundanismo das suas elites sociais, em contraste com o esclavagismo e as duras condições de vida da plebe.- Superioridade da sua civilização material – capacidade construtiva. (aquedutos, pontes ,arcos, templos, etc).Senado - Durante a República foi o órgão fulcral da vida política romana. Os senadores, eram representados pelas mais ilustres famílias romanas, começaram por ser em n úmero de 300, mas Sila duplicou este número e Júlio César duplicou este número e Júlio César triplicou-o. Inicialmente com funções consultivas , o Senado foi ganhando para si um espaço cada vez mais amplo na política romana, passando a dominar em todos os assuntos da vida pública com carácter deliberativo e normativo. Cabia-lhe, como funções ordinária , a política externa, as decisões de guerra e paz, a gestão das festas religiosas, a administração das finanças e a tomada de medidas relativas à ordem pública. Como funções extraordinárias, podia ainda declarar o estado de sítio, suspender os tribunais, intervir no governo das províncias e na gestão do exército, preparar as leis que os comícios deviam voar, entre outras.O Latim - O Latim língua de origem indo-europeia, falada pela primeira vez, na Itália Central e meridional, a partir de 1700 aC., foi marcado por influências de outros falares mediterrânicos ( dos seus vizinhos etruscos, que adoptaram o latim quando da sua fixação na Península itálica), do gaulês, do dialecto cartaginês e sobretudo do grego, largamente falado na Magna Grécia desde o século V II a.C., pelo menos. Os primeiros documentos em estado precário datam do séc. V ac., as primeiras obras incompletas do séc. III ac e as primeiras completas do séc. II aC. Contudo o seu apogeu manifesta-se a partir do séc. I no tempo de Júlio César e de Cícero. A partir de então o Latim, torna-se na língua oficial de Roma e de todo o Império Romano, sendo então elemento de coesão e de referência nas obras literárias de Cícero, Virgílio, Horácio ou Tito Lívio entre outros. A sua aplicação manifestou-se no âmbito da Poesia, do Direito, Retórica e Filosofia.

O ócio – O século de Augusto trouxe paz e prosperidade económica proporcionada pelas conquistas e pelo bom governo, possibilitando aos romanos o usufruto do ócio. Dos povos que influenciaram os romanos, destacam-se os Gregos que de quem copiaram a língua grega, falada e escrita, passou a ser praticada entre as elites cultas como uma segunda língua - mãe: os hábitos de luxo instalaram-se nos lares, o interesse pela filosofia, pela música e pelas artes dominaram os meios intelectuais. Entre os ricos, o luxo invadiu as residências, os banquetes e os salões privados eram frequentes e a ida às termas um hábito indispensável e cada vez praticado como ritual social. Como divertimentos públicos popularizaram –se os jogos: o Grande Circo eram corridas de cavalos, para seleccionar o melhor animal, cujo vencedor era sacrificado solenemente para purificação do solo. As Grandes Procissões que se tratavam de representações teatrais, na via pública, tratando-se de uma espécie de mascarada que tinha como objectivo a prestação do culto aos deuses que para tal eram retirados dos seus templos. Os combates entre Gladiadores, que tinham como cenário os anfiteatros, nos quais os combatentes entre condenados à morte, prisioneiros ou escravos revoltados, cujo sacrifício humano era oferecido aos deuses. Os combates entre feras, referenciados para II aC. , entre animais e entre animais e homens desde o tempo do Imperador Nero, que se tornaram uma prática corrente. A violência e o carácter sanguinário destes jogos, funcionavam como uma forma de canalizar o descontentamento da plebe urbana, apesar da crítica das classes mais cultas as mais ricas preferiam o conforto das suas villas campestres onde o gosto pela arte, pela leitura, filosofia e literatura ocupava os seus tempos de lazer.



Acontecimento :
O Incêndio de Roma ( 4 d.c.) – Ocorreu no tempo do imperador Nero, mais exactamente no mês de Julho do ano de 64, cuja violência e grandeza, acabou por devastar parte de Roma durante sete dias. Tendo desaparecido cerca de dez dos catorze bairros , a arquitectura no administrativos, incluindo o palácio e a residência imperial, o Atrium dasVestais, a Bsílica Régia, o santuário de Júpiter Satator, os templos da Lua e de Hércules, com todas as obras de arte, tesouros e documentos que estes monumentos oficiais continham. As perdas humanas foram também numerosas, particularmente nos bairros mais pobres, onde as casas de madeira se amontoavam ao longo de ruas estreitas e tortuosas nas quais era difícil organizar o combate às chamas. Nero quer se encontrava a cerca de 50 Km de Roma numa estância de Verão, regressou e mostrou-se solícito a ajudar o povo de romano, mandando abrir os seus jardins para acomodar as famílias sem abrigo que deviam ser alimentadas e abrigadas em barracões. Contudo, algumas testemunhas refiram que na confusão das chamas alguns escravos imperiais ateavam o fogo, enquanto que o Imperador, no alto da Torre de Mecenas, assistia ao incêndio tocando lira e declamava odes ao belo espectáculo. A indignação popular, manifestava-se contra Nero que por sua vez atribuía tal feito aos cristãos , iniciando-se dessa forma o ciclo de perseguições e martírio aos cristãos, entre os quais os apóstolos de São Pedro e São Paulo. Apesar da verdade dos acontecimentos jamais ter sido apurada, os historiadores Plínio e Suetónio, referem-no como culpado.

* Refere os espaços utilizados pelos romanos nos tempos de ócio.